segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Conversas de café


Juntos por uma tarde ou por uma noite.
Conversas nas quais discutimos, rimos, por vezes, mesmo, choramos, mas principalmente aprendemos uns com os outros. Conversas sobre momentos passados, momentos presentes e momentos futuros.Estudantes de cursos de artes, mas principalmente de arquitectura, que interpretam cada gesto, cada sensação, cada olhar, cada interpretação dos passantes sobre o local. Contemplam as suas reacções, desejando um dia que esses passantes contemplem as sensações que eles tentam “impor” nos seus projectos… Falam/discutem sobre os seus trabalhos/projectos, trocam impressões sobre duvidas de si próprios, sobre duvidas dos seus trabalhos, no fundo evoluem consigo próprios mas principalmente com os seus amigos e colegas de trabalho

Ópio

“Não sou nada.
Nunca serei nada.

Aparte isso, tenho em mim todos os sonhos do Mundo”


Álvaro de Campos



Será que tenho sonhos, Pensamentos inconsciente de um delírio nocturno, num ópio desmedido de fumo de cigarros.
Serão mesmo sonhos?
Este ópio (sonhos) faz-me viver noutra dimensão.
Mas será este ópio apenas uma manifestação da minha veia utópica que pretende ser realizada num futuro próximo…
Não passa de um delírio do meu inconsciente…

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Momentos

Momentos em que observo…





Por vezes julgo ver o cenário perfeito…

Eu mesmo....

Ser como sou é a minha maior virtude, não estar longe da realidade a minha maior verdade, ter a força de ir sempre em frente mesmo que as coisas não sejam tão fáceis como aparentam.
Ser sempre eu...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Uma Resposta...

Uma vez contaram-me uma mentira…


Ser arquitecto é ser humano! Ou ter ressonâncias humanas!

Mas o que é ser humano?
Um arquitecto é como uma criança, que vive um outro mundo, vive noutra dimensão, a quinta dimensão!
Que vive dois sonhos, um sonho e outro sonho de realizar esse sonho.
Ardemos, afinal, nos nossos próprios sonhos…

Ser Arquitecto?


Ser arquitecto é talvez a melhor forma de evitar que a maior empresa da minha vida vá à falência. Ser arquitecto é ser um artista que contesta, que interpreta, que discute mas que principalmente evolui. Ser arquitecto é ter ressonâncias humanas, ser humano, ter uma vida ou sentir angústia de não a ter. Ser capaz de contemplar a vida com a sua maior sinceridade e pureza, é encarar cada dia como se fosse o ultimo que se vivesse, mas ao mesmo tempo ter uma tristeza uma grande tristeza por aqueles que não puderam nascer. Mergulhar num rebuliço de sentimentos mesmo que sejam atrozes. Deve ser sonhador, ter inúmeras utopias ou sentir penas de não as ter. É admirar os antigos e venerar os próximos. Sentir a chuva molhada no rosto e ouvir uma guitarra a gritar bem alto, é ouvir o som dos pássaros e mergulhar na brisa que inunda as árvores embaladas pelo vento ou compreender os que não puderam contemplar. É ter um prenuncio de morte mas ao mesmo tempo sentir que ainda se vive. Precisa saber falar e calar sobretudo saber ouvir. Basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa gostar de um mundo ou de um submundo. De compreender os grupos que se vão perdendo entre as brumas da rotina e de respeitar os passantes. Deve ter dois hemisférios, um fraco outro forte e ter a humildade de reconhecer que se identifica mais com o fraco que com o forte. Reconhecer que tem amigos com que possa falar, discutir, aprender, mas que no fundo reconheça que vive por si mas principalmente para eles.

É ter uma força, uma grande força de espírito, de uma alma inquietantemente humana. É ser capaz de encarar as coisas “fúteis” da vida, compreende-las mas ao mesmo tempo evoluir com elas. É ter uma cultura, mas ao mesmo tempo (re)conhecer que não é culto, é principalmente ter a cosciencia que nada sabe, mas procurar saber de tudo um pouco. Compreender a cultura de cada um e ao mesmo tempo saber que, em alguma área, todos somos cultos, ou temos mesmo alguma cultura. Ter a consciência que apenas sabendo de arquitectura nunca será um bom arquitecto.

Deve ter um sonho, um grande sonho de um dia ser chamado de arquitecto, onde não basta apenas este ensinamento, esta cultura, esta experiencia, esta profissão, mas é principalmente de um ser humano com sentimentos, atrozes ou não, ou resquícios de ressentimentos.
Principalmente é ser humano e ter a tremenda consciência de que “a vida está certa os arquitectos é que estão errados” (Le Corbusier)